quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Sou mesmo interacionista?

  
                Será? Modelo pensado por Piaget vem para revolucionar as teorias de aprendizagem apesar de não ter pensamento fielmente em uma, apenas desenvolvendo essa que faz parte do interacionismo. Essa ideia se opõe as correntes de pensamentos já elaboradas: objetivismo e subjetivismo. Com isso Piaget argumenta "o conhecimento não procede nem da experiência única dos objetos nem de uma programação inata pré-formada no sujeito, mas de construções sucessivas com elaborações constantes de estruturas novas" (1976). Em sua teoria a criança, no caso o sujeito é um ser dinâmico, que esta mergulhada na realidade, operando e interagindo constantemente com objetos e outras pessoas.

                Esquema do processo de construção do conhecimento

 Mas como a escola deve se portar quanto a essa teoria? Piaget propõe que a escola deve partir dos esquemas de assimilação da criança, propondo atividades desafiadoras que provoquem desequilíbrios e reequilibrações sucessivas, promovendo a descoberta e a construção do conhecimento. Mas eu me pergunto, será que sou interacionista? Será que durante toda minha vida escolar eu tive esse comportamento perante o olhar do professor e do conhecimento? E você será que já se viu ou lembra-se de características da transmissão do conhecimento em sala de aula que tinham elementos interacionistas? Bom, a questão é que boa parte do meu período escolar os professores sim, instigavam e queriam que nós mesmos construíssemos nossa devida percepção sobre um determinado assunto, surgindo constantemente as perguntas que moviam então a explicação. Isso é claro que não se dava em todas as disciplinas, percebi, portanto essa suporta interação claramente nas ciências humanas, principalmente história, filosofia e sociologia.
Mas se eu me coloco como uma professora que bebe das águas proveniente do interacionismo Piagetiano? A minha postura quanto à turma e particularmente quanto ao sujeito em processo de conhecimento que é o aluno, deve ser diferente, pois verei o aluno que independente da consideração do meio social, sendo, portanto um “sujeito universal” que será abordado através de suas próprias ações sobre os objetos do mundo, e que constrói suas próprias categorias de pensamento ao mesmo tempo que organiza seu mundo. Método contrário que vai propor Vygostky e a grande relação do conhecimento ao meio social e cultural, descartando a ideia de “sujeito universal”, o modelo sócio-interacionista. Concluímos que sempre o papel do aluno deve ser ativo, construindo, reconhecendo e aprendendo diante das diversas informações que lhe são apresentadas.

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